segunda-feira, 21 de março de 2011

VÍDEO DO POÇO DO BATATAL

VÍDEO DO POÇO DA RODA

A LENDA A MADRE DE OURO DO POÇO DA RODA

Nas páginas do livro História de Silvânia, BORGES (1981, p. 149-150), conta se a Lenda do Poço da Roda “A Madre de Ouro”, onde o autor descreve a seguinte história, “... da primitiva exaltação, porém, do ouro, restam, como tradição, histórias e lendas, das quais, talvez porque haja no fundo, como na maioria das lendas, um ponto qualquer de contato com a verdade, é a do Poço da Roda das mais populares. – Fica nas proximidades de Bonfim, no ermo de um descampado, ocupando o espaço de duzentos metros mais ou menos de circunferência. Contam moradores e viajantes que, á luz forte do dia, quando a superfície se lhe aquieta, mui transparente e cristalina na calma circundante, uma enorme pedra responde o fundo das águas aos fogos do meio-dia, irradiando em torno um brilho de mil chipas e centelhas, cujo estranho fulgor inebria e cega de deslumbramento e cobiça os olhos mortais ali empenhados, ás bordas frágil igarité, em devassar-lhe o líquido arcano. É a Madre de Ouro, cujo encantamento curiosos e mergulhadores tentam, em vão, surpreender o segredo, e de longos anos habitadora daquelas águas remansadas... – Embalde é a teima porém, que o mistério do sítio, a profundidade do poço, a refrangência, o desvio de seus raios e momentâneo desaparecimento da visão assim lhe perturbem o imoto cristal, zelam e guardam para sempre inviolada em seu retiro, a pedra maravilhosa. – E se um, mais afoito e sôfrego, volve de novo à tentação da miragem e mergulha mais uma vez no lençol silenciosos e frio, à busca do encantado tesouro – obscuro Alberico a quem faltou o anel dos Niebelungens – logo o pune de morte a Madre gloriosa, voltando à tona o seu corpo tempos depois, pasto de lambaris, papa-iscas e mais arraia miúda do lago. – Serenada a agitação das ondas alisado o espelho translúcido na queda da miragem, eis de novo, fulgurando, a Madre de Ouro aviva, como um sol submerso, a aurifulgência de seus raios mágicos ante a adoração das florinhas anônimas, debruçadas à beira da lagoa... – Tal é a lenda nesse trecho do território. Se esplende ali a Madre de Ouro sepultada no fundo do Poço da Roda, continua entanto sua peregrinação através de outras paragens do rincão goiano, numa viagem aérea, cujo termo é a explosão do meteoro na noite silenciosa. – E tal como a ouvimos, no interior, o seu quebranto consta do seguinte: Quem escuta ou vê, no ermo da noite, a passagem da Mãe de Ouro cortando o céu estrelado com o seu listrão ardente, toma na cozinha da choça um tição em brasa, corre ao limiar e faz no espaço uma cruz de fogo. Logo, cede a Aparição ao sortilégio do homem, detém a sua carreira vertiginosa, e arrebenta em estilhas, lascas, pedrouços, calhaus e blocos, tudo de ouro maciço e do mais puro quilate. E depois, toca a catar e a meter no surrão aquela fortuna inesperada... – História que tem a sua origem nos bólidos, fenômeno que o olhar aparvalhado do matuto observa, muitas vezes, pelas noites claras daquela terra de várzeas e chapadões e de que gera a imaginatividade a sua lenda, filha de cósmico deslumbramento e da supertição primitiva. “

quinta-feira, 17 de março de 2011

GALERIA DE FOTOS DO POÇO DA RODA

 Criadoras do blog- Cidinha, Vicentina, Silvana e Edniede
Praça do Bonfim
 Poço da Roda
 Poço da Roda


 Poço da Roda
 Poço da Roda- Cidinha, Vicentina, Edneide


 Poço da Roda- Cidinha, Vicentina e Silvana

 Poço da Roda

 Poço da Roda
Caminho entre os dois Poços

GALERIA DE FOTOS POÇO DO BATATAL

 Poço do Batatal
 Poço do Batatal
 Poço do Batatal- Vicentina, Cidinha, Edneide
 Poço do Batatal- Silvana, Edneide e Cidinha
Poço do Batatal
 Grupo Edneide, Cidinha, Vicentina e Silvana
Turma indo á caminho aos Poços
Estrada aos Poços da Roda e Batatal

ENTREVISTA

         Estivemos com o Sr. Manuel Rodrigues, uma pessoa simples, atencioso, bom de conversa, simpático, morador da Praça do Bonfim que nos prestigiou com uma entrevista sobre o poço da roda e o poço do batatal, Sr. Manuel nos revela que o que se conhece daqueles poços é que os garimpeiros escavaram para a procura de ouro e escavaram tão profundamente que dali foi se enchendo de água e está até hoje.
         Ele nos conta que antigamente os pais não deixavam as crianças brincarem perto dos poços e muito menos tomarem banho por causa da lenda (Citada nos textos deste blog), todos tinham muito medo. E que daquela água ninguem utilizava, pois a água já vinha do chafariz da praça onde a população usava para uso cotidiano. E que as crianças que eram pegas tomando banho pelos pais eram punidas e aí de entrarem lá de novo. A população nesta época sem muita informação quase não íam por lá. Algum tempo atrás e hoje se sabe que tem gente que toma banho naqueles Poços.
          Seu Manoel nos informou que teve uma época mais recente nos anos 90 que se faziam festas de rodeios por lá e que era uma bagunça, então a promotoria da cidade resolveu acabar com essa bagunça. Hoje aquele pedaço de terra é da prefeitura da Cidade de Silvânia-Go. Onde se encontra abandonado e tomado pelo mato. Até interrogado pela nossa Colega Cidinha que aqueles poços é um patrimonio histórico e que devia ser dado mais atenção á eles. Ele concorda. Dizem os moradores mais perto daquele local que existem alguns jacarés por lá, mais isto não se comprova.
          Usando este pedaço no livro "Silvânia: Enredos e Personagens" de Edmar Camilo Cotrim (conhecido como Prof. Dil), tem uma passagem em que Dona Sebastiana Ferrer, Conhecida como Dona Nigrinha que gostava de contar histórias de Bonfim. "Contava, por exemplo, que o Poço da Roda era apenas um buraco onde garimpeiros procuravam ouro e que um dia encheu de repente, pegando a todos de surpresa. Até ferramentas dos garimpeiros ficaram lá porque só deu tempo mesmo foi de correr- relembra ela."

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

 GEOGRAFIA DE SILVÂNIA
Silvânia, do Córrego caidor, da igreja do Bonfim, da serras e dos poços, dos jardins de roseira e quintais de pomares, dos veios de ouro e das veias poéticas, é um município que arregaça as mangas no presente, para manter o coração aberto ao futuro!

O clima de Silvânia classifica-se como "tropical úmido" do tipo AW com verão chuvoso e inverno seco. As temperaturas máximas atingem 32° C nos meses de Setembro a Março e mínimas de 6° C nos meses de Maio a Junho. A precipitação pluviométrica anual é da ordem de 1400 mm concentrada nos meses de Outubro a Abril, com período definido de seca entre os meses de Maio a Setembro. A umidade relativa do ar situa-se acima de 70% no período chuvoso e abaixo dos 40% no período seco. (fonte: Plano diretor de Silvânia).

Os elementos naturais que compõem o município de Silvânia proporcionam uma paisagem favorável para o desenvolvimento de economias de exploração das belezas naturais relacionadas com o turismo, o lazer e a recreação, compõem locais paisagísticos privilegiados inseridos num contexto municipal de acentuada diversidade ambiental, quais sejam: desmatamentos de morros e  encostas, matas ciliares, extração de areia e argila, etc.

O maior patrimônio do município de Silvânia é sua riqueza natural distribuída em seu território de 2 869, 80 quilômetros quadrados, territórios esse que bem administrado poderá gerar dividendos econômicos suficientes para proporcionar excelente qualidade de vida para a sua população.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

SILVÂNIA UM CANTINHO DO BRASIL

Pequena história da Cidade de Silvânia


 
Trevo da cidade de Silvânia
Foto: Randes Nunes

            Silvânia, antiga Bonfim, é, inegavelmente, um patrimônio histórico-cultural de Goiás ainda não reconhecido devidamente. Suas raízes históricas remetem ao ano de 1774 quando exploradores bandeirantes descobriram o potencial aurífero da região. Nos primeiros anos desta exploração, a opulência das lavras de ouro provocou corridas de levas e levas de indivíduos de várias regiões, inclusive da Bhaia, que ali chegaram esperançosos, trazendo uma imagem do Senhor do Bonfim, o que explica a primeira denominação dada ao Arraial. A partir de 1833, é elevado a categoria de vila, passando a se chamar Vila de Bonfim.
            Com menos de 50 anos a exploração mineral entrou em decadência devido á falta de braços escravos e da queda da produção de ouro. Muitos aventureiros buscaram outras paragens, mas alguns lá permanecem seduzidos pela fartura d`água, clima ameno, solo fértil e o viço das matas, configurando uma região propicia para a atividade agropecuária. Em 1857, a vila Bonfim é elevda á categoria de cidade.
             Como algumas das escavações que ocorreram atrás de ouro uma delas foi criado o poço da Roda e do Batatal. O poço da Roda é um lugar de escavações auríferas do século XVIII. Perto do Rio Vermelho. Neste poço tem a lenda da madre de  ouro que mora no fundo do rio, dizem que elacontinua sua caminhada do rincão, cuidando do ouro para ninguem, pegá-lo. Já o poço do Batatal é também um lugar de escavações auríferas do século XVIII. Hoje tomado pelo mato, e descaso das autoridades que não o preservão. (Fonte: ARCA, Plano Diretor 2002)

Poço da Roda
foto: Randes Nunes

             Silvânia hoje conta com seus duzentos e trinta e cinco anos atualmente, e aniversária em 05 de Outubro; da escavação do ouro guarda abertas as chagas das erosões, algumas hoje, já estabilizadas. Na atualidadse, estas erosões ispiram a condição de monumento histórico da gênese de Goiás e como bandeiras permanetes estendidas, alertam para os perigos do desrespeito a natureza.
               Silvânia, do córrego caidor, da igreja do Bonfim, das serras e poços, dos jardins de roseira e quintais de pomares, dos veios de ouro e das veias poéticas, é um município que arregaça as mangas no presente, para manter o coração aberto ao futuro!!


Imagem de Cristo na entrada da cidade
Foto: Randes Nunes
 


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

 Mais sobre o Poço da Roda e Batatal
             Silvânia ainda apresenta sinais de suas origens, na escavação do ouro, pois que a cidade guarda, abertas, as chagas das catas, algumas hoje, já estabilizadas. 
             Figuram também, como marcos desta época, o Poço da Roda e do Batatal, onde, às vezes, jura-se, emerge o folclore da gigantesca Serpente, solitária e feroz. Talvez, apenas a imagem refletida da própria cobiça dos mineradores de então. Na atualidade, estas erosões assumem a condição de monumento histórico da gênese de Goiás e, como bandeiras permanentemente estendidas, alertam para os perigos do desrespeito à natureza.

Poço da Roda e Batatal em Silvânia-Go


Poço do Batatal

                As reminiscências da exploração aurífera deixaram, em uma das margens da cidade, alguns poços e extensas perfurações, dos quais surgiram lendas e que despertam fascínio e admiração.
              O principal deles é o Poço da Roda. Uma mina profunda, escavada por escravos e inundada pelo afloramento do lençol freático em fins do ano de 1700. Assim como outras escavações auríferas na região, o Poço da Roda permanece praticamente intocado, com suas águas frias e profundas, saltando aos olhos e misterioso nas lendas
            Outros pontos turísticos são os lagos localizados na sede do município. Alguns inspiram muitas lendas e reminiscências do garimpo, como os poços da Roda, Batatal, Caixão, Coração, das Moças e o das Velhas. Na área do Ginásio Anchieta existem diversos lagos.